No Capítulo V – Bem-aventurados os aflitos, o item “Motivos de Resignação” explica que as dores e provas da vida não são castigos arbitrários, mas sim recursos providenciais da justiça e da bondade divina para a elevação do espírito. Cada sofrimento possui um sentido educativo, servindo como oportunidade de purificação, reparação e progresso moral. Quando o ser humano compreende que as aflições têm uma causa justa — seja em atos da vida presente, seja em existências passadas — encontra forças para suportá-las com mais fé, paciência e confiança em Deus. A resignação não significa passividade, mas sim a aceitação consciente de que, por trás das provas, existe sempre um objetivo de aprendizado e renovação espiritual. Assim, a verdadeira consolação está em perceber que nenhum sofrimento é inútil e que toda dor suportada com serenidade se transforma em caminho para a paz interior e a evolução eterna.
